Você já ouviu falar sobre os 5 pilares da inteligência emocional? Eles serão o seu guia na jornada para se tornar alguém com altos níveis de inteligência emocional e vão te ajudar a se desenvolver tanto na vida profissional quanto pessoal.
Antes de iniciar a nossa conversa sobre os pilares da inteligência emocional, vamos falar um pouco sobre o que é inteligência emocional e como ela pode afetar a sua vida.
A inteligência emocional consiste na capacidade de controlar os nossos impulsos e aprender a agir e não a reagir. Sabe quando surge algum problema, ou alguma discussão e no meio dessa discussão você acaba explodindo ou se comportando de uma forma que depois te causa arrependimento? Isso acontece devido à falta de inteligência emocional.
A inteligência emocional é quando você consegue atingir um equilíbrio entre o hemisfério direito e esquerdo do cérebro. O hemisfério direito é o responsável pelas nossas emoções, e por isso é o que nos leva a ter atitudes muitas vezes inadequadas e explosivas, que causam arrependimento. Já o hemisfério esquerdo é o responsável pelo nosso lado racional e lógico, que é o que ativamos quando precisamos nos manter calmos e conseguir raciocinar e agir, não apenas reagir ao que aconteceu.
Entretanto, engana-se quem pensa que para ter inteligência emocional é necessário ativar apenas o lado esquerdo e racional do cérebro. A inteligência emocional consiste no equilíbrio entre os dois lados e não em usar apenas um deles. Inclusive, um dos pilares da inteligência emocional é a empatia, que é algo que exige controle das emoções e conexão com o outro, o que só é possível usando o lado direito do nosso cérebro.
Os 5 pilares da inteligência emocional e como aplicá-los
Quem popularizou o termo inteligência emocional foi Daniel Goleman, e ele indicou os 5 pilares que todo mundo deve trabalhar para conseguir desenvolver uma boa inteligência emocional.
São eles:
- Autoconhecimento
- Controle das emoções
- Controlar as motivações
- Empatia
- Comunicação efetiva
Vamos falar um pouco sobre cada um dos 5 pilares da inteligência emocional e como podemos trabalhar cada um deles no nosso dia a dia para ter melhores resultados.
Autoconhecimento
O Autoconhecimento é a melhor forma de começar a desenvolver a sua inteligência emocional. Através do autoconhecimento você consegue começar a perceber as suas reações aos diversos estímulos e o conhecimento é o primeiro passo para o controle.
Quando você sabe que determinada situação te estressa ou te tira do sério, você já sabe que vai precisar exercer o seu autocontrole e com isso consegue ser menos reativo.
É através desse autoconhecimento também que você passa a saber exatamente quais emoções está sentindo. Apesar de parecer banal, muita gente ainda confunde vários sentimentos como por exemplo raiva e tristeza, ou raiva e decepção.
Para melhorar o seu autoconhecimento, você pode usar algumas dessas técnicas:
- Meditação: o simples fato de parar um pouco para respirar e esvaziar a mente já ajuda a lidar melhor com as emoções e perceber o que você realmente está sentindo.
- Tenha um diário: o ato de escrever seu dia a dia e como você se sentiu em determinadas situações pode ajudar demais a identificar os sentimentos que muitas vezes são confusos.
- Peça feedbacks confiáveis: uma boa dica é pedir para algum amigo próximo te dar um feedback sobre você e te falar como ele te vê. Você pode pedir sinceridade, mas lembre-se de não ficar bravo com nada que ele possa te dizer, encare tudo como uma oportunidade de autoconhecimento e também como uma oportunidade de evoluir como pessoa.
Controle das emoções
Controlar as emoções é poderosíssimo e é extremamente necessário para alcançar a tão sonhada inteligência emocional. Você precisa aprender a controlar as suas emoções se quiser ter um pouco mais de estabilidade nas suas relações pessoais e profissionais.
Controlar as emoções se refere principalmente a agir em relação a algo que aconteceu e não a reagir.
Seguem algumas dicas para te ajudar a ter um maior controle das emoções:
- Foque na solução e não no problema: você não deve focar no problema, mas sm na solução. Lembre-se que para cada problema existem muitas variáveis e muitas soluções possíveis. Foque em como resolver o problema e não no problema em si. Canalize a sua ansiedade: em vez de simplesmente entrar no modo ansiedade, canalize toda essa energia para algo que seja potencialmente benéfico. Se você tiver em condições, canalize a energia para a solução do problema, já se você estiver muito desestabilizado, prefira fazer alguma atividade que te dê prazer e que seja a sua válvula de escape até que você consiga recuperar um pouco da estabilidade.
- Identifique os gatilhos: se você já conseguiu desenvolver o seu autoconhecimento minimamente, você com certeza já vai ter identificado alguns gatilhos que costumam te trazer emoções ruins. Tenha em mente quais são esses gatilhos e sempre que algum deles estiver se aproximando, prepare-se e se fortaleça. Lembre-se das 2 primeiras dicas que demos sobre o controle das emoções e tente se manter estável.
Controle suas motivações
Muita gente acha que motivação é algo que acontece como mágica. Você dorme e acorda todos os dias super motivado e buscando o melhor. Mas infelizmente não é assim. Muitas vezes é necessário buscar formas de se manter motivado, ou de se motivar novamente.
Aqui, apesar do pilar ser a motivação, podemos pensar nele um pouco como disciplina. Ou seja, precisamos fazer o que tem que ser feito, independente da nossa motivação, e isso também faz parte da inteligência emocional.
Porém, quando fazemos algo estando motivado, os resultados costumam ser muito melhores. Nesse caso, vamos te dar algumas dicas para conseguir manter a motivação em alta.
- Descubra o que te motiva: todos nós temos motivações intrínsecas e extrínsecas. A motivação intrínseca é a motivação mais conhecida. É aquele sentimento de prazer por estar fazendo algo que te faz levantar da cama todos os dias pronto para conquistar o mundo e fazer tudo o que precisa ser feito. Já a motivação extrínseca é algo que vem do ambiente. Por exemplo, existem diversas pessoas que se motivam através do dinheiro. Ou do status que determinada ação pode trazer. Conhecer quais são suas motivações extrínsecas pode te ajudar nos momentos de desânimo.
- Simplesmente comece: muitas vezes perdemos mais tempo buscando a motivação do que realmente estando motivado. E aí a procrastinação e outros problemas começam a surgir. Se você estiver muito desmotivado, simplesmente comece, e ao colher os primeiros resultados, você verá a motivação surgindo.
Empatia
A empatia é um dos 5 pilares da inteligência emocional mais negligenciado, mas não deveria ser assim. é muito importante lembrar que a inteligência emocional não é só sobre como você se sente, mas também sobre como os outros se sentem e como você impacta a vida dos outros.
Ser empático significa se colocar no lugar do outro e sentir como ele se sentiria em determinada situação. Isso exige autoconhecimento e também conhecimento do outro. Essa é uma das habilidades mais importantes em um bom líder e também é algo que ajuda a conectar as pessoas.
Algumas dicas de como se tornar uma pessoa mais empática:
- Preste atenção nos sinais: para ter mais empatia é necessário olhar para o outro e enxergar além do que ele diz. Imagine que você precise pedir novamente para sua equipe fazer hora extra, e eles respondem que irão fazer. Mas será que as pessoas realmente estão de acordo com isso? Para ter certeza você vai precisar notar os sinais. Note o tom de voz, as expressões faciais e até mesmo a linguagem corporal.
- Tente minimizar os impactos: depois de ter notado que fazer hora extra pode ser um problema e que a equipe toda está cansada e louca para ir para casa, é hora de minimizar os impactos. Se coloque no lugar deles, pense o que eles gostariam de receber de benefício por essas horas extras e tente agradar a cada um individualmente ou, se não for possível, tente ao menos agradar a maioria.
Comunicação efetiva
Nada disso irá funcionar se você não conseguir se comunicar e expressar o que você está sentindo ou precisando para a sua equipe. Uma comunicação efetiva é a base para qualquer relacionamento. Nesse pilar da inteligência emocional também é importante ter o autoconhecimento bem desenvolvido.
Muitas vezes, para se comunicar bem, é necessário olhar para como você está se comunicando e pensar se as pessoas estão realmente entendendo o que você quer dizer, e isso só é possível com autoconhecimento.
Algumas dicas para desenvolver a comunicação efetiva:
- Depois de falar algo, peça para repetirem: Depois de dar uma explicação ou ensinar uma tarefa, pergunte para o ouvinte se ele entendeu. Se a resposta for afirmativa, peça para a pessoa te explicar o que ela tem que fazer. Isso vai fazer você perceber se houve alguma falha na comunicação e já resolver antes que isso se torne um problema.
- Analise onde estão ocorrendo os problemas de comunicação: muitas vezes é difícil ter clareza de onde a comunicação está falhando, mas se toda vez que você dá uma ordem, algo não sai como o esperado, pode ser que o problema esteja na forma como você está se comunicando e não nos outros. Esse tipo de autoanálise é muito benéfica e pode ajudar a melhorar o seu relacionamento com toda a equipe.
Agora você já sabe quais são os pilares da inteligência emocional e como melhorar cada um deles para ter uma melhora na inteligência emocional. Se você quiser se aprofundar mais nesse assunto, clique aqui e acesse o nosso artigo sobre